A polêmica encenação de um transexual na Parada Gay de São Paulo motivou o líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), a entrar com um projeto de lei para transformar em crime hediondo a prática de ultraje a culto.
A imagem do transexual em uma representação da crucificação de Jesus Cristo gerou muitos comentários nas redes sociais e chegou a ser denunciada no Ministério Público Federal. Para justificar o seu ato, o transexual ressaltou que foi uma espécie de resposta a campanha dos evangélicos contra a perfumaria O Boticário.
No texto apresentado pelo deputado,
ele explica que as manifestações dos ativistas do movimento LGBT que se utilizam de símbolos religiosos constituem “cristofobia”, pois desrespeita a crença.
Rosso quer aumentar a pena de “ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo” para quatro a oito anos de prisão, além de multa. O crime de ultraje atualmente prevê uma pena de um mês a um ano de detenção, além de multa. Ao classificar o crime como hediondo, quem praticar vilipêndio ou ultraje terá de cumprir a pena sem direito de pagamento de fiança.
“A intenção desse projeto de lei é proteger a crença e objetos de culto religiosos dos cidadãos brasileiros, pois o que vem ocorrendo nos últimos anos em manifestações, principalmente LGBTs, é o que podemos chamar de ‘Cristofobia’, com a prática de atos obscenos e degradantes que externam preconceito contra os católicos e evangélicos”, diz um trecho do projeto apresentado pelo parlamentar.
Não há previsão para o projeto começar a tramitar na Câmara, e se aprovado, ainda precisará passar pelo Senado e pela sanção da presidente Dilma Rousseff.
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