HERMENÊUTICA
HOMILÉTICA
Lâmpada para os meus pés é
a tua Palavra, e luz para o meu caminho
(Salmos 119:105)
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Pastor Waldemar Alonso Filho
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INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA (E a arte de
interpretação bíblica) INTRODUÇÃO
Diz-se que a palavra hermenêutica BÍBLICA
deve sua origem no nome de Hermes, o deus grego que servia de mensageiro dos
deuses, transmitindo e interpretando suas comunicações aos seus afortunados ou,
com freqüência desafortunados destinatários. Em seu significado técnico, muitas
vezes se define a hermenêutica como a ciência e arte de interpretação
bíblica.Considera-se a hermenêutica como ciência porque ela tem normas ou
regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado.… considerada como
arte porque a comunicação é flexível e portanto uma aplicação mecânica e rígida
das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação.A teoria
hermenêutica divide-se, às vezes em duas subcategorias - a hermenêutica geral e
a especial. Hermenêutica geral é o estudo das regras que regem a interpretação
do texto bíblico inteiro. Incluem os tópicos das análises histórico-cultural,
léxico-sintática, contextual, e teológica. Hermenêutica especial é o estudo das
regras que se aplicam a gêneros específicos, como parábolas, alegorias, Tipos e
profecias.
Hermenêutica e a Exegese
Somente após um estudo da canonicidade, da critica
textual e da critica histórica e que o estudioso está preparado para fazer
exegese. Exegese é a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se a
um entendimento correto do texto. O prefixo ex (fora de) (para fora, ou de),
refere-se á idéia de que o interprete está tentando derivar seu entendimento do
texto, em vez de ler seu significado no (dentro) texto (exegese).Seguindo a
exegese estão os campos gêmeos da Teologia bíblica e da teologia sistemática.
Teologia bíblica é o estudo da revelação divina no Antigo e Novo testamento. O
Contrastando com à Teologia BÍBLICA, a Teologia Sistemática, organiza os dados
bíblicos de uma maneira lógica antes que histórica.Quando interpretamos as
Escrituras, há diversos bloqueios a uma compreensão espontânea do significado
primitivo da mensagem. Há um abismo histórico no fato de nos encontrarmos
largamente separados no tempo, tanto dos escritores quanto dos primitivos
leitores. A antipatia de Jonas pelos Ninivitas, por exemplo, assume maior
significado quando entendemos a extrema crueldade e pecaminosidade do povo de
NÌnive. (Jn 1: 1 - 3).Em segundo lugar existe um abismo Cultural, resultante de
significativas diferenças entre a cultura dos antigos hebreus e a nossa.Um
terceiro bloqueio à compreensão espontânea da Mensagem bíblica é a diferença
lingüística. A BÍBLIA foi escrita em hebraico,aramaico e grego - três
línguas que possuem estruturas e expressáveis idiomáticas muito diferentes da
nossa própria língua. A mesma coisa pode acontecer ao traduzir-se de outras
línguas,se o leitor ignorar que frases como. O Senhor endureceu o coração do
Faraó, podem conter expressões idiomáticas que dão ao sentido primitivo desta
frase algo diferente daquele comunicado pela tradução literal.Um quarto
bloqueio significativo é a Lacuna Filosófica. Opiniões acerca da vida, das
circunstâncias, da natureza do Universo,diferem entre as varias
culturas.Portanto, a hermenêutica é necessária por causa das Lacunas históricas
culturais, lingüísticas e filosóficas que obstruem a compreensão espontânea
exata da Palavra de Deus.Exemplos de versículos com definições hermenêuticas da
BÍBLIA: 2
- Tm 3: 16 2 - Pe 1: 21 No estudo da Bíblia, a tarefa
do exegeta é determinar tão intimamente quanto possível o que Deus queria dizer
em determinada passagem, e não o que ela significa para mim. Se aceitarmos o
ponto de vista de que o sentido de um texto È o que ele significa para mim,
então a Palavra de Deus pode ter tantos significados quantos forem seus
leitores.A esta altura pode ser útil distinguir entre a interpretação e
aplicação. Dizer que um texto tem uma interpretação válida (o significado
pretendido pelo autor) não quer dizer que ele escreveu tem somente uma
aplicação possível. Ex.: A ordem em Ef 4:27 tem um significado, mas ter·
diferentes aplicações. Em Romanos 8 tem um significado, mas pode Ter múltiplas
aplicações.Exemplo de versículos:1 Pe 1: 10 -12 Dn 12: 8 Dn 8: 27 João 11: 49 –
52 A BÍBLIA ensina que a rendição ao pecado torna-nos escravos dele e cega-nos
à Justiça. (João 8: 34,Rm 1: 18 - 22, 6: 15
- 19, 1 Tm 6: 9; 2 Pedro 2: 19). Evangélicos
conservadores são os que crêem que a BÍBLIA é totalmente sem erro, os
evangélicos liberais crêem que a BÍBLIA é sem erro toda vez que fala
sobre questões da salvação e da fé cristã, mas
pode possuir
erros nos fatos históricos e noutros pormenores.
Interpretação das Escrituras
Os
teólogos conservadores concordam em que as palavras podem ser usadas em sentido
literal, figurativo ou simbólico. As três sentenças seguintes servem-nos de
exemplo:
2. Figurativo - (Um pai bravo com o filho). Na próxima vez que me chamar de
coroa você vai ver estrelas ao meio-dia.
3. Simbólico - Viu-se grande sinal no céu, a saber,
uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze
estrelas na cabeça. (apocalipse 12: 1).
Visão
Panorâmica da História
Princípios evangélicos encontrados em cada um dos
seguintes períodos de interpretação bíblica.1 - Exegese Judaica Antiga 2 - Uso
do Antigo Testamento pelo Novo Testamento 3 - Exegese Patrística * (100 - 600
d.C)4 - Exegese Medieval * * ( 600 - 1500 d. C)5 - Exegese da Reforma 6 -
Exegese da Pós-Reforma 7 - hermenêutica Moderna. Além do mais, à medida que
estudamos a história da interpretação, vamos vendo que muitos dos grandes
Cristãos (e. g,Orígenes, Agostinho, Lutero) entenderam e aceitaram princípios hermenêuticos
melhores do que os que praticaram. *Agostinho (354 -430) Em termos de
originalidade e gênio, Agostinho foi de longe o maior homem de sua Época. Em
seu livro sobre a doutrina Cristã, ele estabeleceu diversas regras para
exposição da Escritura, algumas das quais estão em uso até hoje. Entre suas
regras encontramos as seguintes, conforme resumo de Ramm : (1 o) -(O Intérprete
deve possuir fé cristã autêntica 2 o) - Deve-(se Ter em alta conta o
significado literal e histórico da escritura. 3 o) - A Escritura tem mais que
um significado e portanto o método alegórico e adequado. (4 o) - Há significado
nos números bíblicos.(5 o) - O antigo testamento é documento Cristão porque
Cristo está retratado nele do principio ao fim. (6 o) - Compete ao expositor entender
o que o autor pretendia dizer e não introduzir no texto o significado que ele
expositor,quer lhe dar. (7o) - O interprete deve consultar o verdadeiro credo
Ortodoxo. (8 o) - Um versículo deve ser estudado em seu contexto, e não isolado
dos versículos que o cercam.(9o) - Se o significado de um texto é obscuro, nada
na passagem pode constituir-se matéria da fé ortodoxa.(10 o) - O Espírito Santo
não toma o lugar do aprendizado necessário para se entender a Escritura. O
interprete deve conhecer hebraico, grego, geografia e outros assuntos.(11o) - A
passagem obscura deve dar preferência a passagem clara.12 o ) - O expositor
deve levar em consideração que a revelação é
progressiva.Ele Justificou suas interpretações
alegóricas em 2 CorÌntios 3:6.(Porque a letra mata, mas o espírito vivifica),
querendo com isso dizer que uma interpretação literal da BÍBLIA mata,
mas uma alegórica ou espiritual vivifica.** - A interpretação foi amarrada pela
tradição, e o que se destacava era o método alegórico.O sentido quádruplo da
Escritura engendrado por Agostinho era a norma para a Interpretação bíblica.
Esses quatro níveis da significação, expressos na seguinte quadra que circulou
durante este período, eram tidos como existentes em toda passagem bíblica.A
letra mostra-nos o que Deus e nossos pais fizeram;A alegoria mostra-nos onde
está oculta a nossa fé;O significado moral dá nos as regras da vida diária. A
analogia mostra-nos onde terminamos nossa luta.
Análise Histórico
1º Cultural e
Contextual. Determinar o ambiente geral histórico e cultural do escritor e de
sua audiência.
a. Determinar as circunstâncias históricas gerais.
b. Estar cônscio das circunstâncias e normas culturais que acrescentam
significados a determinadas ações.
c. Discernir o nível de compromisso espiritual da
audiência.
2º Determinar o
objetivo que o autor tinha em escrever um livro,mediante:
a. Notar as declarações explícitas ou repetição de frases.
b. Observar as seções parenéticas ou hortativas.
c. Observar os problemas omitidos ou os focalizados.
3º Entender como a
passagem se enquadra em seu contexto imediato.
a. Apontar os principais blocos de material no livro e mostrar como se
ajustam num todo coerente.
b. Mostrar como a passagem se encaixa na corrente de argumento do autor.
c. Determinar a perspectiva que o autor tencionava comunicar - numenológica
ou fenomenológica.
d. Distinguir entre verdade descritiva e verdade prescritiva.e. Distinguir
entre detalhes incidentais e o núcleo de ensino da passagem.f. Indicar a pessoa
ou categoria de pessoas para as quais a passagem se destinava.· Análise
Léxico-Sintática… o estudo do significado de palavras tomadas isoladamente
(lexicologia) e o modo como essas palavras se combinam (sintaxe),a fim de
determinar com maior precisão o significado que o autor pretendia lhes
dar.Assim quando Jesus disse: Eu sou a porta, eu sou a Videira e Eu sou o pão
da Vida., entendemos essas expressões como comparações, conforme ele
tencionava.A análise Léxico- sintática fundamenta-se na premissa de que embora
as palavras possam assumir uma variedade de significados em contextos
diferentes, elas têm apenas um significado intencional em qualquer contexto
dado.
Os Sete passos seguintes foram comentados para a elaboração de uma
análise léxico- sintática:
1º - Apontar a forma literária geral.
2º - Investigar o desenvolvimento do tema e mostrar como
a passagem sob consideração se enquadra no contexto. 3º - Apontar as
divisões naturais (parágrafos e sentenças) do texto.
4º - Indicar
os conectivos dos parágrafos e sentenças e mostrar como auxiliam na compreensão
da progressão do pensamento.*(Obs.:)
5º - Determinar o que significam as palavras tomadas individualmente.a.
Apontar os múltiplos significados que uma palavra possuía no eu tempo e cultura.b.
Determinar os significados únicos, que o autor tenha em mente em dado
contexto.**(Obs.:)
6º- Analisar a
sintaxe para mostrar de que modo ela contribui para a compreensão de uma
passagem.
7º- Colocar os
resultados de sua análise em palavras não técnicas,de fácil compreensão que
comuniquem com clareza o significado que o autor tinha em mente.*(Obs.:)
-Examinemos Gálatas 5:1 que diz: Permanecei, pois,firmes e não vos submetais de
novo a jugo de escravidão.Tomado isoladamente, o versículo poderia ter qualquer
de diversos significados: poderia referir-se á escravidão humana, á escravidão
política, à escravidão ao pecado, e assim por diante. O pois indica, contudo,
que este versículo é a aplicação de um ponto que Paulo apresentou no capitulo
anterior. Uma leitura dos argumentos de Paulo (Gálatas 3:1 - 4 :30) e de sua
conclusão (4:31) esclarece o significado do outrora ambíguo 5:1.Paulo está
incentivando os gálatas a não se escravizar de novo ao jugo do legalismo (i.e.
esforçar-se por ganhar a salvação pelas boas obras).*
(Obs.:) Significados da Palavra.
Em sua maioria, as palavras que sobrevivem por
longo tempo numa língua adquirem muitas denotações (significados específicos) e
conotações (implicações complementares). As palavras ou frases podem Ter
denotações vulgares e também técnicas. As denotações literais
podem,finalmente,conduzir a denotações metafóricas.As palavras também possuem
conotações, significados emocionais implícitos, não declarados explicitamente.
Como descobrir denotações:
Por exemplo, duas palavras gregas que significam
amor (agapaoe phileo), de fato têm significados diferentes (e.g., João 21:15
-17) ; contudo, de quando em quando parecem ter sido usadas como sinônimos
(Mateus 23:6, 10:37; Lucas 11:43, 20: 46).Também se forçarmos as palavras em
todas as suas denotações,cedo estaremos produzindo exegese herética. Por
exemplo, a palavra grega sarx pode significar: A parte sólida do corpo
excetuando-se os ossos (1Co 15:39) A substância global do corpo (Atos 2:26) A
natureza sensual do homem (Cl 2:18). A natureza humana dominada por desejos
pecaminosos (Rm 7:19).Embora esta seja apenas uma lista parcial de suas
denotações,podemos ver que se todos esses significados fossem aplicados à
palavra conforme se encontra em João 6:53, onde Cristo fala sobre sua própria
carne, o intérprete estaria atribuindo pecado a Cristo.A palavra grega
Moranthei,registrada em Mateus 5:13, pode significar-se tornar-se tolo ou
tornar-se insípido. Neste caso o sujeito da sentença é sal, e assim, a segunda
denotação (Se o sal vier a ser insípido) È escolhida como a correta.A poesia
hebraica, caracteriza- se por paralelismo, o paralelismo hebraico pode
classificar-se em três tipos básicos: sinonímico,antitético e sintético. No
paralelismo sinonímico a Segunda linha de uma estrofe repete o conteúdo da
primeira, mas com palavras diferentes ex.: Salmo (103:10). Não nos trata
segundo os nossos pecados,Nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades.No
paralelismo antitético a idéia da Segunda linha contrasta agudamente com a da
primeira.O Salmo 37:21 proporciona- nos um exemplo:O Ímpio pede emprestado e
não paga,O justo, porém, se compadece e dá. No paralelismo sintético a Segunda
linha vai mais longe ou completa a idéia da primeira. O Salmo 14:2 È um
exemplo: Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens,para ver se há quem
entenda, se há quem busque a Deus.·
(Análise Teológica 1o)
1º Determinar
sua própria perspectiva da natureza do relacionamento de Deus com o homem.
2º Apontar a implicações desta perspectiva para a passagem que você está
estudando.
3º Avaliar a
extensão do conhecimento teológico disponível às pessoas daquele tempo.
4º Determinar
o significado que a passagem possuía para seus primitivos destinatários à luz
do conhecimento que tinham.
5º Indicar
o conhecimento complementar acerca deste tópico que hoje temos disponível por
causa de revelação posterior.Entre as várias teorias citamos:
Teoria Dispensacional
O
dispensacionismo, È uma dessas
teorias que as pessoas parecem aceitar com plena confiança ou amaldiçoar,
poucas assumem posição neutra. Ele tem sido chamado de a chave para
dividir corretamente as Escrituras e alternativamente a mais perigosa heresia
encontrada presentemente dentro dos círculos cristãos.
O padrão da história da Salvação é visto como três
passos que se repetem com regularidade ;
(2) O homem não consegue viver à altura desse conjunto de responsabilidades
e,
(3) Deus reage com misericórdia concedendo um novo conjunto de
responsabilidades, isto é, uma nova dispensação.
Os dispensacionalistas, identificam entre quatro e
nove dispensações: o número costumeiro é sete ou oito, (se o período da
tribulação for considerado com uma dispensação à parte). Dispensação da
inocência ou Liberdade (Gênesis 1: 28 - 3:6. Dispensação da consciência
(Gênesis 4:1 - 8:10) Dispensação do Governo Civil (Gênesis 8:15 - 11:9)
Dispensação da Promessa (Gênesis 11:10 a Êxodo 18:27) Dispensação da Lei
Mosaica (Êxodo 18:2 a Atos 1:26) Dispensação da Graça (Atos 2:1 - Apocalipse
19:21) Dispensação do milênio (a mais conhecida passagem bíblica que descreve
este período é o capitulo 20 do Apocalipse.Esta crença baseia-se em parte,
nalgumas das notas da BÍBLIA. Por exemplo, a nota que acompanha João
1:17 (declara).Como dispensação a graça começa com a morte e ressurreição de
Cristo. (Romanos 3:24-26, 4:24,25). O ponto de prova já não é obediência legal
como a condição de salvar, mas aceitar ou rejeitar a Cristo, tendo as boas
obras como fruto da Salvação.A base da salvação em cada era é a morte de
Cristo, a exigência para a salvação em cada era é a fé; o objeto da fé em cada
era é Deus, o conteúdo da fé muda nas várias dispensações. Evidentemente se a
Teoria dispensacional é correta, então ela representa um poderoso instrumento
hermenêutico, e instrumento decisivo se devemos interpretar as promessas e
ordens bíblicas corretamente. Por outro lado, se a teoria dispensacional é
incorreta, então aquela que ensina tais distinções poderia correr sério risco
de trazer sobre si próprio os juízos de Mateus 5:19.
Teoria Luterana.
Lutero acreditava que devemos distinguir com
cuidado entre duas verdades bíblicas paralelas e sempre presentes: A Lei e o
Evangelho. A Lei refere-se a Deus, em seu ódio ao pecado, seu juízo e sua era.
O Evangelho refere-se a Deus em sua graça, seu amor, e sua salvação.Um modo de
distinguir Lei e Evangelho é perguntar : isto fala de julgamento sobre mim?
Nesse caso, é a Lei. Em contraste, se a passagem traz consolo, ela é o
Evangelho.
Teoria das Alianças.
A aliança da Graça é o acordo entre Deus e o
pecador, na qual Deus promete salvação mediante a fé, e o pecador promete uma
vida de fé e obediência. Todos os crentes do Antigo Testamento bem como os
crentes nossos contemporâneos, são parte da aliança da Graça.Por exemplo, Jr
31:31 - 32 diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor e firmarei nova aliança Com a
casa de Israel E com a casa de Judá.Não conforme a aliança Que fiz com seus
pais.No dia em que os tomei pela mão,Para os tirar da terra do Egito;Porquanto
eles anularam a minha Aliança.Não obstante eu os haver desposado.Ex.: em
(Hebreus 8: 6,13) O Antigo testamento fala de diversas alianças:Gênesis 6 :18
Gênesis 9 : 8 – 17 Gn 15 : 8,18 ; 17: 6 – 8 Êx 6 : 6 – 8 Sl 89 : 3,4, 26 – 37
Jr 31: 31 – 34 Gl 3: 17 – 22 Conceito de graça - Hebreus 4: 1 – 2 Atos 20:24O
salmo 103 - canta a misericórdia e o imutável amor de Deus em palavras sem
paralelo em toda a BÍBLIA.
Lei.
Três aspectos da Lei. O cerimonial (as observâncias
rituais que apontavam para a frente, para a expiação final em Cristo), o
Judicial ou civil ( as leis que Deus prescreveu para uso no governo civil de
Israel) e o Moral ( o corpo de preceitos morais de aplicação universal,
permanente, a toda a humanidade).O aspecto cerimonial da lei abrange os vários
sacrifícios e ritos cerimoniais que serviram como figuras ou tipos que
apontavam para o Redentor vindouro (Hb 7-10). Vários textos do antigo
testamento confirmam a concepção do significado Espiritual Exs.: Lv
20:25,26;Salmos 26:6, 51:7,16,17;Is 1:16.Diversos textos do novo testamento
diferenciam o aspecto cerimonial da lei e apontam para seu cumprimento em
Cristo (e.g,Marcos 7:19 ; Ef 2:14 - 15; Hb 7: 26 - 28 ; 9: 9 - 11;10:1,9).O
aspecto Moral da lei :Exemplos: Rm 8: 1 - 3; Rm 3: 31;Rm 6 ;1 Co 5;1 Co 6: 9 –
20 Objetivos da lei:Exemplos: Gl 3: 19;1 Tm 1: 8 - 11; Gl 3: 22 - 24;João
14:15;João 15:10;1 João 3:9;1 João 4:16 - 19.Ministério do Espírito
Santo:Exemplos At 1: 4 - 8; Is 63: 10 - 14 ;Nm 27:18; Jz 3:10; Êx 31: 1 - 6; Jz
13: 25; Jz 14:6 ; Jz 15:14;1 Sm 10: 9-10; Sl 51:11;1 Pe 1: 10 - 12;2 Pe 1:
21;Ag 2:5; Lc 1:15;Lc 1: 67 - 69;Lc 2: 25 - 27;João 14:17;João 20:22;João 7:
39;João 14: 26.
Outros fatores.
Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a edificação na justiça.Ex.: 2
Tm 3:16 – 17.
INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA – II
É o estudo das
regras que se aplicam a gêneros específicos, como parábolas, alegorias, tipos e
profecia.
MÉTODOS Literários Especiais - Figuras de
Linguagens SÍMILE.
È uma comparação expressa: È típico o emprego das
palavras semelhante ou como (e. g, O reino dos CÉUS é semelhante).
Metáfora.
È uma comparação não expressa; ela não usa as
palavras semelhantes ou como. O sujeito é a coisa com a qual ele é comparado
estão entrelaçados. Jesus usou metáforas quando disse :Eu sou o pão da vida e
Vós sois a Luz do Mundo.Tanto nos símiles como nas metáforas por causa de sua
natureza compacta, o autor geralmente tem em mira acentuar um único ponto (e.g,
que Cristo é a fonte de sustentação de nossa vida espiritual, ou que os
Cristãos devem ser exemplos de vida piedosa num mundo Ímpio).Podemos entender a
Parábola como um SÍMILE ampliado. A comparação vem expressa e o sujeito
e a coisa comparada, explicados mais plenamente, mantêm-se separados. Por
semelhante modo pode- se entender a Alegoria como uma metáfora ampliada,a
comparação não vem expressa e o sujeito e a coisa comparada acham- se
entrelaçados. Geralmente a Parábola tem prosseguimento mantendo a história e
sua aplicação distintas: em geral, a aplicação acompanha a história. As
Alegorias entre mesclam a história e sua aplicação, de sorte que a alegoria
traz em seu conteúdo sua própria interpretação.Os provérbios podem ser
considerados ou como parábolas condensadas ou como alegorias condensadas.O foco
geral do livro de provérbios é o aspecto moral da lei – regulamentos Éticos
para a vida diária redigidos em termos universalmente permanentes. Os focos
específicos incluem sabedoria,moralidade, castidade, controle da língua,
associações com outras pessoas, indolência e justiça.Os provérbios têm em
geral, um único ponto de comparação ou principio de verdade para comunicar Ex.:
(Provérbios 31:14)A finalidade das Parábolas. A primeira é revelar verdade aos
crentes (Mateus 13: 10 - 12 ;Marcos 4: 11; 2 Samuel 12: 1-7).O segundo
objetivo. A parábola oculta a verdade daqueles que endurecem o coração contra
ela. (Mateus 13:10-15; Marcos 4:11-12, Lucas 8:9 - 10).
Tipos.
A palavra grega tupos, da qual se deriva à palavra
tipo, tem uma variedade de denotações no Novo Testamento. A idéia básica
expressa por tupos e seus sinônimos são os conceitos de parecença, semelhança e
similaridade. A seguinte definição de tipo desenvolveu- se de um estudo
indutivo do uso bíblico deste conceito: tipo é uma relação representativa
reordenada que certas pessoas, eventos e instituições têm como pessoas, eventos
e instituições correspondentes, que ocorrem numa Época posterior na história da
salvação. Provavelmente a maioria dos teólogos evangélicos concordaria com esta
definição de tipologia bíblica. Um exemplo notório de um tipo bíblico
encontra-se em João 3:14 - 15, onde Jesus diz: E do modo por que Moisés
levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja
levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Jesus ressaltou duas semelhanças:
(1) o levantamento da serpente e dele próprio, e
(2) vida para os que responderam ao objeto do
levantamento. Os tipos assemelham-se aos símbolos e podem até ser considerada
uma espécie particular de símbolo. Contudo, existem duas características que os
diferenciam. Primeira, os símbolos servem de sinais de algo que representam,
sem necessariamente ser semelhantes em qualquer respeito, ao passo que os tipos
se assemelham de uma ou mais formas às coisas que prefiguram. Por exemplo, o
pão e o vinho são símbolos do corpo e sangue de Cristo; os sete candeeiros de
ouro (apocalipse 2:1) são símbolos das igrejas da Ásia. Não há similaridade
necessária entre o símbolo e o objeto que ele simboliza, como há entre o tipo e
seu antítipo. A prefiguração é chamada tipo; o cumprimento chama-se antítipo.
Segunda, os tipos apontam para o futuro, ao passo que os símbolos podem não
fazê- lo. Um tipo sempre precede historicamente o seu antítipo, ao passo que um
símbolo pode preceder, coexistir, ou vir depois daquilo que ele simboliza.A
tipologia deve, também se distinguir do Alegorismo. A tipologia é a busca de
vínculos entre os eventos históricos, pessoas, ou coisas dentro da história da
salvação o Alegorismo é a busca de significados secundários e ocultos que
sublinham o significado primário e Óbvio da narrativa histórica. A tipologia
repousa sobre uma compreensão objetiva da narrativa histórica, ao passo que
alegorização introduz na narrativa significados objetivos.
Classificações dos tipos:
Pessoas típicas.
São aquelas cujas vidas demonstram algum importante
principio ou verdade da redenção. Adão é mencionado como tipo de Cristo (Rm
5:14): Adão foi o principal representante da humanidade caída, enquanto Cristo
o é da humanidade redimida.Ao contrário da Embase ao individuo em nossa
cultura, os judeus identificam-se antes de tudo como membros de um grupo. Por
isso, não é raro encontrar um representante falando ou atuando pelo grupo
inteiro. Figura representativa - refere-se á oscilação de pensamento entre um
grupo e um indivíduo que representa esse grupo, e era uma forma hebraica de pensamento
comum e aceita. Por exemplo, a figura de Mt 2: 15 (Do Egito chamei o meu Filho)
refere-se a Os 11:1, na qual o filho se identifica com a nação de Israel. Em
Mateus foi o próprio Cristo (como representante de Israel) que foi chamado do
Egito, por isso as palavras primitivas aplicavam-se a ele. Alguns dos salmos
também vêem Cristo como representante de toda a humanidade.Os eventos típicos
possuem uma relação analógica com algum evento posterior. Paulo usa o juízo
sobre o Israel incrédulo como advertência tipologia aos cristãos a que não se
engajassem na imoralidade (1 Co 10: 1 - 11). Mt 2: 17 - 18 (Raquel chorando por
seus filhos assassinados) é mencionado como analogia tipologia da situação nos
tempos de Jr (Jr 3l:15). Nos dias desse profeta, o acontecimento envolveu uma
tragédia nacional; no tempo de Mateus, uma tragédia local. O ponto de
correspondência era a angústia demonstrada em face da perda
pessoal.Instituições TÍPICAS são práticas que prefiguram eventos posteriores de
salvação. Disto temos exemplo na expiação mediante o derramamento de sangue de
cordeiros e mais tarde pelo de Cristo(Lv 17:11 ; cf. 1 Pedro 1:19 ). Outro
exemplo È o Sábado como tipo do descanso eterno do crente.Cargos ou ofícios
típicos incluem Moisés, que em seu oficio de profeta (deuteronômio 18:15), foi
um tipo de Cristo ; Melquisedeque (Hb 5:6 como tipo do sacerdócio contínuo de
Cristo ; e Davi como rei.Ações típicas são exemplificadas por IsaÌas andando nu
e descalço durante três anos como sinal ao Egito e à Etiópia de que em breve a
Assíria os levaria nus e descalços (Is 20:2 -4). Outro exemplo de ação típica
foi o casamento de Oséias com uma prostituta. Mais tarde ele a redime, depois
de sua infidelidade,simbolizando o amor da aliança divina ao Israel infiel.
Profecia
Em ambos os
testamentos, profeta é um porta-voz de Deus que declara a vontade de Deus ao
povo.
A profecia refere-se a três coisas.
(1) Predizer eventos futuros (e.g., Ap 1:3, 22: 7,10 ;João 11:51)
(2) Revelar fatos ocultos quanto ao presente. ( Lucas 1:67-79;Atos 13: 6 -
12)
(3) Ministrar instrução, consolo e exortação em
linguagem poderosamente arrebatada ( e. g, Amós; Atos 15:32; 1
CorÌntios14:3,4,31 ).
Literatura
Apocalíptica
Esta palavra nos vem do grego apokalupsis
(encontrada em Ap 1:1), que significa desvendar ou revelar. O foco primário da
literatura apocalíptica é a revelação do que esteve oculto particularmente com
relação aos tempos do fim. A tendência do gênero apocalíptico é conter mais
simbolismo, essencialmente animais e de outras formas vivas.(1 o) O escritor
escolhe um homem importante do passado (e.g.,Enoque ou Moisés) e faz dele o
herói do livro.2o ) Este herói freqüentemente empreende uma viagem, acompanhado
por uma guia celestial que lhe mostra vistas interessantes e comenta-as.3o )
Muitas vezes a informação é comunicada por meio de visões. (4 o ) As visões com
freqüência, fazem uso do simbolismo estranho e até enigmático.5o ) Vez por
outra as visões são pessimistas com relação à possibilidade de que a
intervenção humana melhore a presente situação.6o ) De modo geral as visões
terminam com a intervenção divina levando o presente estado de coisas a um
final cataclísmico e estabelecendo uma situação melhor.7o ) O escritor
apocalíptico muitas vezes usa seu pseudônimo, alegando escrever em nome do
herói que, ele escolheu.8o ) É freqüente o escritor tomar história passada e
reescrevê-la como se fosse profecia.9o ) O foco da literatura apocalíptica está
no consolar e sustenta remanescente justo.As seções apocalípticas de fato ocorrem
nos livros canônicos,de modo mais notável em Dn (capítulos 7 - 12) e no Ap. (Mt
24 -25 e paralelos) - contém elementos apocalípticos.
A Tarefa
do Ministro
O pregador é um ministro da Palavra de Deus... Sua
tarefa fundamental é ministrar a verdade de Deus. Exemplos (Lc 1:2 ;Atos 1:8 ;
1 Tm 5:17; 2 Tm 2:2; 2 Tm 4:2; 1 Pe 5:1).O Servo de Cristo do Novo testamento
não era livre para pregar conforme lhe aprouvesse, mas era obrigado a pregar a
verdade do Cristianismo, pregar a palavra de Deus, e ser testemunha do
evangelho. Ex.: (2 Pe 1: 21 ).A pregação expositiva começa com determinada
passagem e investiga-a, empregando o processo que temos rotulado de análises
Histórico-Cultural, Contextual, Léxico-Sintática, Teológica e Literária. Seu
enfoque primário é uma exposição do que Deus tencionava dizer nessa passagem.
Levando a uma aplicação desse significado na vida dos cristãos de nossos
dias.·Sermonar começa com uma idéia na mente do pregador – um problema social
ou político, mas pertinente, ou uma introspecção teológica ou psicológica - e
amplia esta idéia num sermão. Como parte do processo, acrescentam-se textos
bíblicos aplicáveis, à medida que vêm à mente ou conforme
encontrados com o auxilio de
recursos de estudo. O enfoque básico deste método é a elaboração de uma idéia
humana em formas coerentes com o ensino geral da BÍBLIA nessa área. À
pregação tópica começa pela seleção de um tópico relacionado com a Escritura de
uma forma ou de outra (e.g., temas bíblicos,doutrinas, personagens da BÍBLIA).
Se o sermão é preparado pela seleção de passagens bíblicas pertinentes e pelo
desenvolvimento de um esboço baseado em exposição dessas passagens,esta
pregação poderia denominar-se Tópico-expositivo. Se o esboço do sermão se
desenvolve mediante idéias que vêm à mente do pregador e em seguida são
corroboradas pela ligação com um versículo bíblico pertinente, poderíamos dar a
esta pregação o título de tópico sermonal. A maioria dos sermões pregados hoje
em dia parece ser da variedade tópico-sermonal ou Sermonar. Se a proporção da
pregação expositiva para a sermonal serve de indicação, a maioria das escolas
de teologia parece não estar preparando seus alunos nas técnicas necessárias á
pregação expositiva como uma alternativa para o sermonar.
INTRODUÇÃO A HOMILÉTICA( A Arte de Pregar)
Homilética é a arte de pregar, não deve ser algo
apreendido somente por pastores, existe uma grande necessidade do leigo ter
conhecimento desta arte já que é possível também àqueles que não tiveram a
oportunidade de estudar numa instituição teológica.Todos aqueles que pregam a
Palavra de Deus tem condições de melhorar ainda mais suas mensagens.Homilética
é a ciência e a TÉCNICA de comunicar ou expor a mensagem bíblica. A
palavra vem do grego HOMILIA, que significa persuasão, falar, etc. Assim
sendo, muitos definem a Homilética como A arte de Pregar. Pregador - As
escrituras sagradas, por sua vez, afirmam que cada Cristão deve ser um
pregador, pois o anúncio do Evangelho é missão de todos quantos se comprometem
com Jesus Cristo( Mt 28: 18 - 20, Mc 16: 15).Por outro lado nos deparamos com
os dons espirituais (Rm 12: 6 - 8, 1 Co 12: 4 -7, Ef. 4 : 11- 13), ns quais
podemos destacar o de profetizar (1 Co 14: 3)ligado diretamente ao Ministério
da Palavra. A palavra Profetizar no Novo Testamento significa anunciar a
Palavra.
Aspectos da Pregação de Jesus.
a) Falou por parábolas (Mt 13:34),
b) Explicou as Escrituras (Lc 4: 16 - 21),
c) Repreendeu o sistema pecaminoso da Época ( Jo 8: 43 -47),
d) Transformou a palavra em ação, com poder ( Mc 2: 9 -12),
e)Profetizou sobre si mesmo ( Jo 2: 19),
f) Profetizou sobre o fim dos tempos( Mt 24: 4 - 13).
A Preparação Espiritual.
O pregador é acima de tudo
uma testemunha (At 1: 8). Antes de sair para pregar a outros é necessário poder
dizer como o apóstolo Paulo : Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que
ele È poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia (2 Tm 1:12).ó
Os três grandes testemunhos dos Cristãos são:
a) O testemunho da palavra
a BÍBLIA deve ser a única regra de fé e
prática daquele que tenciona pregar a Palavra de Deus. b) O testemunho da
conduta.
A
conduta do homem que nasceu de novo não é a mesma que era antes do seu encontro
pessoal com Cristo ( 1 Co 6: 9 -11, 2 Co 5:17 ).
c) O testemunho do espírito.
O cristão é uma pessoa que nasce do espírito (Jo 3:
5 - 8). O Espírito Santo atua na vida do cristão capacitando-o para fazer a
obra de Deus (Gl 4: 6,7 ; Ef 1: 13,14).
A BÍBLIA.
A BÍBLIA é o Manual do Pregador, o pregador deve amar a
Palavra de Deus ( Sl 119:97) e saber que ela é a verdadeira
espada do Espírito (Ef 6: 17).Foi usando a Palavra
de Jesus,que venceu o tentador (Mt 4: 1-11). É a Palavra de Deus que garante a
prosperidade em todas as coisas (Sl 1: 2,3). Aos que têm dificuldade em ler ou
estudar a BÍBLIA:
1. Leia alguma coisa todos os dias.
2. Defina um plano de leitura.
3. Marque sua BÍBLIA.
4. Memorize alguns versículos.
5. Pratique a Oração.
Preparo da Mensagem.
Uma boa mensagem é objetiva desde o começo até o fim, ou seja, um bom
sermão obedece a um tema desde a introdução até a conclusão. Todo pregador que
se preza não sobe no púlpito sem um pedaço de papel com suas anotações para
serem lembradas no momento certo. Neste papel deve constar toda a divisão do
sermão, ao qual chamamos de esboço.
Sermão.
três condições essenciais para uma boa disposição
de um sermão.
1. A unidade - Para que haja, uma unidade no Sermão
destacamos a importância do tema. Um bom sermão deve explorar apenas um só
tema.
2. A organização - Organizar um sermão significa
admitir as partes que são vitais para o tema e combinar as partes de tal maneira
que possam ajudar a compreensão e dar expressão ao texto.
A organização clássica do sermão se faz da seguinte
maneira:Texto - é um versículo, uma parábola, um mandamento ou qualquer porção
da BÍBLIA que serve de base ao sermão.Tema - é a verdade central do
texto ou do assunto do pregador. Introdução - é o comentário inicial do
pregador antes de entrar no corpo do sermão propriamente dito. Corpo (Tópicos)
- o Corpo do sermão se apresenta com divisões ou tópicos. Conclusão - é
exatamente aonde o pregador quis chegar com o tema. O pregador tem que levar o
público a tomar uma posição ao final da mensagem, e este apelo é feito dentro
do assunto ou tema o qual transcorreu a pregação. Um sermão bem estruturado tem
começo, meio e fim, obedecendo a uma lógica durante todo o tempo.3.A Ordem dos
assuntos - Uma boa ordem no corpo do sermão depende de quatro coisas:
Uma ordem nas divisões.
Por exemplo, em um sermão com quatro divisões, os
itens devem estar arrumados de tal maneira que correspondam às expectativas do
pregador. Se for um sermão evangelístico, a divisão que fala mais profundamente
à vontade dos ouvintes deve estar em último lugar. Exemplo:
1. O amor de Deus é universal
2. O amor de Deus é singular
3. O amor de Deus é sacrificial
4. O amor de Deus exige uma entrega.
Boas transições de um pensamento a outro.
De uma divisão a outra deve haver uma boa
transição. Não se deve usar, por exemplo, em um sermão, três ou quatro divisões
nas quais uma nada tenha a ver com a outra. Isso é possível, mas não é
aconselhável.
Um exemplo errado:
1. A benção da
Palavra de Deus
2. A benção do Espírito Santo
3. A benção da cura divina.
O uso do
tempo presente.
Isso garante a atualidade da mensagem e faz com que
os ouvintes de identifiquem melhor com o texto.
Dois exemplos,
um certo e outro errado: Tema : O Amor de Deus ERRADO
1. De tal maneira
2. Ao mundo
3. Que deu seu filho CERTO
1. O amor de Deus é singular
2. O amor de Deus é universal
3. O amor de Deus é sacrificial.
A
eliminação de material alheio. Á mensagem.
se refere habilidade de selecionar bem o assunto do sermão de forma a
eliminar o que não È tão importante. Isso evita sermões cansativos e
quilométricos. Não é pelo muito falar que seremos ouvidos.Tema - ou verdade
central da mensagem é a coisa mais importante para o pregador. Os temas devem
ser bíblicos.
Os pontos de
vista mais proveitosos para a discussão de temas bíblicos são os seguintes: 1.O
Ponto de vista do significado.
Por
ex.: em (Mt 4: 17) Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer : Arrependei-vos
porque é chegado o reino dos céus. Apresenta o dever do arrependimento.Tema:
O Significado do arrependimento
I. O arrependimento
significa mudança de opinião a respeito do pecado (Jo 42:56).
II. O arrependimento significa mudança de sentimento a
respeito do pecado (2 Co 7: 9,10). III. O arrependimento significa
mudança de vontade com relação ao pecado (Mt 21: 28,29).
2. O Ponto de vista das razões que apóiam o tema.
Alguns textos
tem um tema tão claro que seu significado não necessita de explicações. Por
ex.: (2 Co 9:7), o apóstolo Paulo nos diz que Deus ama ao que dá com Alegria.
Dessa afirmação podemos perguntar: Por que Deus ama ao que dá com alegria ? O
esboço vai abordar as razões pelas quais Deus ama ao que dá com alegria.Tema:
Por que Deus ama ao que dá com alegria.
I. Deus
ama ao que dá com alegria porque este demonstra a sinceridade do seu amor (2 Co
8:8) II. Deus ama ao que dá com alegria porque este estimula a
liberalidade de seus irmãos (2 Co 9:2).
III. Deus ama ao que
dá com alegria porque este alivia a necessidade do seu próximo (2 Co 8: 13 -
15, 9: 12).
IV. Deus
ama ao que dá com alegria porque este glorifica o nome do seu Senhor ( 2 Co 9:
13 -15).Cada afirmação do esboço é complementada com um versículo
bíblico.
O porquê de um mandamento ou de uma atitude nos dá
subsídios importantes para anunciar a Palavra de Deus.
3. O Ponto de vista dos meios para executar ou
evitar determinada ação.
A palavra chave para entender esse ponto de vista é
como? Por exemplo no (Sl 126; 5,6) lemos o seguinte ; Os que semeiam com
lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.Aquele que sai chorando, levando a
semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus
molhos.Texto (Sl 126: 5,6).
Tema : Como realizar um avivamento: I. É necessária ação - Verbos sair e semear
II. É
necessária compaixão - Em lágrimas, chorando. III. É necessária
instrução - Levando a semente.
4. O Ponto de Vista das Causas.
em (Ap 3: 14 -22) temos uma mensagem dirigida a
Igreja em Laodicéia. O tema central é o seguinte:Cristo condena a indiferença
espiritual. Perguntamos -quais as causas da frieza espiritual daquela igreja?
Os versículos,18,20,21 e 22 respondem à pergunta.Texto : (Ap 3: 14 -22) Tema
:
As causas da indiferença espiritual.
I. Desmedida
preocupação com as coisas materiais. II. Menosprezo da comunhão com
Cristo.
III. Falta
de preocupação a respeito da vida eterna. IV. Confiança demasiada em si
própria.
5. O Ponto de Vista dos efeitos.
Podemos também
pensar nas conseqüências ou nos efeitos de um mandamento bíblico,
considerando-se os positivos e negativos.Texto : Jz 13 a 16. Tema : O desastre
do Domínio Carnal.Quando um filho de Deus se deixa dominar pela carne...
I. Rompe-se
a sua comunhão com Deus. II. Sobrevém-lhe a cegueira espiritual. III.
Submete-se à escravidão do pecado.
IV. Expõe-
se ao engano do mundo pecador. V. Perde o desejo de viver.
6. O Ponto de vista do conteúdo do texto.
A
partir do texto,encontramos uma infinita variedade de possibilidades para
organizar nossos pensamentos de acordo com o conteúdo do texto.Texto (Mc 4:
35-41)Tema: Uma noite com Jesus
I. Desta
experiência aprendemos que o discípulo deve sempre obedecer ao seu Senhor.
II. Aprendemos que a
obediência a Cristo envolve o discípulo livrando-o de grandes tempestades.
III. Aprendemos que
as tempestades proporcionam um conhecimento mais Ìntímo e profundo com nosso
Salvador.
Classificação dos Sermões: 1.Sermão Temático.
È
aquele cujas divisões derivam do tema,independente do texto. O sermão temático
inicia com um tema e suas partes principais consistem em idéias sobre o tema.
Ex.:Tema: O Jovem nos Dias de Hoje. (Ecl 12:1)
I. é
influenciado pela Tecnologia Moderna. II. é influenciado pelas
Filosofias Modernas.
III. é influenciado
pela Religiosidade Moderna.
I. A
responsabilidade com a Palavra.
II. A
responsabilidade com a Igreja.
III. A
responsabilidade com o Testemunho.
Tema: Orai sem cessar (1 Ts 5: 17).
I. O significado da Oração:
a) é dependência do Homem para com Deus
b) é sintonia entre o Homem para com Deus.
c) é adoração do Homem a Deus.
II. Os motivos da oração:
a) A oração por si mesmo.
b) A oração pelas necessidades espirituais da Igreja.
c) A oração pelos enfermos.
d) A oração pelos incrédulos.
III. As possibilidades da Oração:.
a) é possível em qualquer lugar
b) é possível a qualquer hora
c) é possível a qualquer pessoa.
Sermão Textual
Enquanto o sermão temático
tem as suas divisões voltadas para o tema, o sermão textual tem tanto o tema
quanto as suas divisões voltadas para o texto. No sermão temático divide-se o
tema, no sermão textual divide-se o texto.Ex.:
Tema : A carne e o Espírito (Rm 8:13)
I. Um alerta divino
:Se viverdes segundo a carne
II. Uma conseqüência
gloriosa: Certamente morrereis
III. Um
apelo divino : Se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo IV. Um
resultado glorioso : Certamente vivereis.
Tema : O que são os Cristãos Diante de Deus ? (1 Pe
2:9) I. Raça eleita
II. sacerdócio
Real III. Nação Santa
IV. Povo de
propriedade exclusiva de Deus.
Sermão Expositivo.
Para podermos
distinguir a diferença entre o sermão textual e o expositivo tem que primeiro
saber defini-los: O sermão textual é aquele em que as divisões derivam de uma
breve porção bíblica, enquanto que o sermão expositivo provém de uma porção
mais ou menos extensa da BÍBLIA. É uma exposição completa de um trecho
bíblico. Ex.:Tema : A Oração Sacerdotal de Cristo (Jo 17 : 1 -26).
I. Os motivos da Oração por si próprio.
1) O Pedido de Glorificação (Vs. (1,5).
2) O Reconhecimento de Sua Autoridade (V.2)
3) A definição de Vida Eterna (V.3)
4) A missão Cumprida (V.4).
V. Os motivos da Oração pelos discípulos.
1) Os discípulos eram vidas que lhe pertenciam. (V.6).
2) Os discípulos eram conhecedores da Palavra.(V.8).
3) Os discípulos creram no Filho de Deus.(V.8).
4) A proteção amorosa divina.(V.11).
5) Os discípulos não eram do mundo.(V.14).
6) O Ódio do mundo contra os discípulos (V.14)
7) A santificação dos discípulos (Vs. 17-19).
8) Os futuros discípulos (V.20).
9) A união dos discípulos com Deus (Vs. 21 -23).
10)Um lugar garantido na gloria. (V.24).
Ilustrações.
Podemos extrair
ilustrações da História, ciência,experiências do cotidiano, etc. Entretanto, o
pregador não deve transformar-se um mero contador de estórias. As ilustrações
não devem de maneira nenhuma, por mais interessantes que sejam,substituir a
Palavra de Deus. Não se deve, em hipótese nenhuma,ocupar o tempo todo da
mensagem com ilustrações.Se o pregador vai dividir o seu sermão em três
tópicos, e costuma usar uma média de meia hora para a sua pregação,
possivelmente uma ilustração rápida para cada tópico.
Conselhos Práticos no Preparo da Mensagem.
1) Leia muitas vezes o texto.
2) Reproduza o texto com as suas próprias palavras.
3) Observe os contextos imediato e remoto.
4) Pesquise a circunstância histórico-cultural.
5) Anote particularidades.
6) Faça o esboço.
7) Selecione Ilustrações.
8) Determine uma conclusão especifica ao assunto proposto.
9) O pregador deve variar o tom de sua voz ao pregar
do púlpito o seu sermão, para não se tornar desagradável ao ouvido do
auditório.
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